Acaba de sair uma  nova publicação do Instituto Açoriano de Cultura intitulada Açores, Açorianos, Açorianidade - um espaço  cultural  (segunda edição,  revista e ampliada) da autoria de Onésimo Teotónio  Almeida.
 Esta  segunda edição, que surge vinte e dois anos  decorridos após a primeira, insere-se num contexto cultural açoriano  significativamente diferente do de então, onde o autor demonstra a existência de  uma forte identidade cultural açoriana.
Esta reedição tenta  explicar o espaço cultural açoriano, para quem dele sabe pouco mais do que os  nomes de Antero e Nemésio. Os próprios açorianos terão aqui bastante sobre que  se informar e, sobretudo, aperceberem-se com mais profundidade do universo  cultural que há séculos vem sendo tecido entre os nublados céus açorianos e a  terra e o mar que eles cobrem.
Num celebrado texto  de Eduardo Lourenço, um dos intelectuais portugueses que melhor têm compreendido os Açores, o prestigiado ensaísta referiu-se  ao arquipélago como “território e realidade singular no espaço de raiz e  invenção portuguesas a que os séculos, a distância e os homens imprimem uma  identidade particular. […] A questão entre Portugal e os Açores é uma questão de  conhecimento, de mútuo reconhecimento. Este reconhecimento é necessário e  urgente para que uns e outros não deliremos sobre puros  fantasmas.”
Esta obra pretende  oferecer bases para uma conversação a nível nacional sobre o modo de ser  português moldado por quinhentos anos no meio do  Atlântico.
Onésimo Teotónio  Almeida nasceu no Pico da  Pedra, São Miguel, em 1946. Professor Catedrático no Departamento de Estudos  Portugueses e Brasileiros da Brown University, Providence, Rhode Island, EUA, de  que foi diretor de 1991-2003. Leciona na Brown desde 1975. Doutorado em  Filosofia pela Brown University (1980), é Fellow do Wayland Collegium for  Liberal Learning, um Instituto de Estudos Interdisciplinares na Brown  University, onde  leciona uma cadeira sobre Valores e  Mundividências.
 

 
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